JOSHUA BELL e a ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS se apresentaram ontem no Palácio das Artes. No repertório, o Concerto para Violino de Tchaikovsky. Mas antes da atração principal, a orquestra executou duas obras maravilhosas; Variaciones Concertantes de GINASTERA e Suíte Vila Rica de GUARNIERI.
FÁBIO MECHETTI mais uma vez demonstrou a arte da regência com domínio total da orquestra. O Maestro trouxe ao público uma orquestra digna de respeito, repleta de brilho, equilíbrio e musicalidade. Os naipes, bem organizados, soavam como em gravações de CD.
JOSHUA BELL entrou depois do intervalo e com ele o seu STRADIVARIUS. Ao início do Concerto de TCHAIKOVSKY, eram claros os olhares das pessoas demonstrando expectativa. Ao ataque das primeiras notas, BELL conseguiu paralisar a sala de forma que não se ouvia nem a respiração das pessoas. O impacto da interpretação de BELL junto com a orquestra foi tão grande que arrancou alguns aplausos já no fim do primeiro movimento.
Em três movimentos, BELL uniu técnica (e põe técnica nisso), virtuosismo e sentimento. Na orquestra, MECHETTI chamou a atenção pela sua tranqüilidade ao reger através de técnicas profundas enquanto os músicos mantiveram bastante concentração e execução perfeita da obra.
Sem dúvidas foi um concerto memorável. Parabéns a Filarmônica! BRAVO!
Para nós mineiros é um orgulho possuir uma orquestra de alto nível como essa.