Rotina de Estudos Técnicos

E aí, seus estudos de violino estão em dia? Vish… você não sabe? E então, como descobrir se está andando em dia com as técnicas, escalas, métodos e repertório? É bastante coisa não é mesmo? Mas para ajudar, irei falar um pouco sobe a minha rotina de estudos.
Esse é um post pode ser útil para potencializar os estudos no instrumento (vale para todos)!

Eu, particularmente, sou uma pessoa que gosta de associar diversas áreas para facilitar a minha vida musical. Nos estudos de violino faço uma associação aos meus treinos da academia. Achou estranho? Kkkk Acompanhe a minha série fitness no blog que irá entender melhor… Enfim, chega de enrolação e vamos aos trei… estudos!

Primeiro vamos organizar os blocos de estudos.
Em uma rotina normal precisamos, basicamente, estudar técnica e repertório. Mas o que é técnica e o que é repertório? Você sabe? Vamos fazer uma breve analise:

  • Produção sonora;
  • Escalas;
  • Métodos;
  • Repertório.

Agora ficou fácil! Basicamente é só isso. Só que não é tão simples assim…

Para cada tópico que citei acima, existem outros e outros que se “entrelaçam”… e é aí que o tempo voa… um bom dia de estudos depende de varias horas de dedicação e concentração (afinal de contas, não adianta ficar horas tocando qualquer coisa e de qualquer jeito… assim não saímos do lugar).

Pensando nisso, vamos reorganizar a nossa rotina de estudos:

  • PARTE I –
    -Produção Sonora

    *Aqui nós vamos aquecer, estudar as cordas soltas e golpes de arco. Na minha rotina eu começo com DETACHÉ, trabalho divisões de arco (simples e complexas). Em seguida vou para o MARTELÉ e golpes que partem dessa técnica. Para finalizar vou para o SPICCATO e técnicas saltadas.
    Parece perda de tempo estudar isso né? É um estudo longo e chato… mas vou lembrar um aspecto importantíssimo: O som é produzido com o arco. Quanto maior o domínio do arco, mais bonito será o seu som e mais condições de tocar repertórios complexos terá.
    Até aqui já se foi um tempão… então vou dar uma dica para alunos iniciantes e intermediários: Execute cada etapa repetindo, no mínimo, duas vezes e no máximo três (Lembra daquela associação com a academia?). O objetivo aqui será executar corretamente duas vezes o mesmo trecho.

    Vamos entender:
    1ª. Vez:
    Acerto – Faça uma segunda vez para confirmar que consegue fazer mais de uma vez.
    Erro – Faça uma segunda vez para corrigir.
    |
    2ª. Vez:
    Acerto – Você pode seguir para o próximo estudo.
    Erro 1 – Faça uma terceira vez para corrigir.
    Erro 2 – Tente apenas mais uma vez.
    |
    3ª. Vez: Acerto / Erro – Aqui você avalia seu desempenho e descobre onde precisa melhorar tecnicamente.
    *Vamos usar esse mesmo padrão para os próximos estudos, ok?

  • PARTE II
    -Mecânica

    Esse é um ponto interessante e que confunde grande parte dos alunos… o estudo da mecânica. Mas o que é isso? Esse estudo implica na coordenação motora, a junção dos movimentos do braço direito com a digitação da mão esquerda. Essa etapa eu divido em duas partes:
  1. Correção da postura dos dedos, mão, braço, cotovelo e ombro de acordo com a digitação de cada dedo (a primeira vez que tive contato com esse tipo de estudo foi no Método Doflein Book 1).
  2. União de todos movimentos. Basicamente, exercícios de digitação tocados, escalas e arpejos.
  • PARTE III
    -Afinação

    Apesar de já ter trabalhado um pouco da afinação no exercício anterior, eu só trabalho a afinação precisamente depois de estudar a mecânica e colocar os dedilhados no lugar correto. Nessa etapa eu analiso o relacionamento dos dedos (como os dedos colaboram uns com os outros na afinação, posições. etc). Muitos músicos gostam de unir essa etapa com a anterior, mas acho mais proveitoso estudar separadamente.

  • PARTE IV
    -Métodos

    Finalmente os métodos! E ainda tem bastante trabalho pela frente… Basicamente, aplico os estudos técnicos anteriores nos métodos. Fácil! Mais ou menos… os métodos são escritos para levar o aluno a condições extremas. Já percebeu que em determinados pontos dos métodos damos aquela “travadinha”? Dá aquela vontade de rasgar as páginas e largar o violino pra lá… então, é isso (Rs)! Os métodos nos obrigam a analisar e estudar soluções para resolver determinadas situações técnicas, elevando nosso nível técnico a cada etapa.
  • PARTE V
    -Repertório

    Todas as etapas anteriores servem para chegar até aqui: Tocar o repertório! Com facilidade e bem! Ser feliz!
    Aqui eu aplico toda a técnica que estudei e preparo a interpretação das obras (falarei de interpretação numa postagem futura).
    O repertório eu divido em três partes:
  1. Repertório de estudo individual: Obras solo, concertos, estudos concertantes, etc.
  2. Repertório de concerto: Partes de orquestra, grupos de câmara, etc.
  3. Repertório casual: Musicas que irei tocar em casamentos e eventos em geral.

Ufa! Aqui termina a rotina.
Fique atento, cada músico tem a sua rotina de estudos. Todos precisam estudar o suficiente, sem excessos! Peça ao seu professor para lhe ajudar no planejamento da sua rotina de estudos. E o mais importante, tenha disciplina! Quanto mais disciplina, mais resultados.

Curtiu o artigo? Então compartilhe! Aproveite e me comente como é a sua rotina de estudos.
Até a próxima!

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