O Cravo

Os instrumentos de teclas sempre estiveram entre os favoritos, tanto para os leigos quanto para os músicos. Hoje vou falar sobre um instrumento importante que fez parte da história das orquestras, o cravo. 

É possível notar nas gravações orquestrais de obras do período barroco a ausência do piano. Em compensação, temos a presença de um timbre brilhante e peculiar que se destaca em meio a orquestra. Esse é o avô do piano, conhecido como cravo. 


O cravo é instrumento europeu que também faz parte da família das cordas (cordas pinçadas). O seu mecanismo é constituído por mecanismos onde uma palheta “belisca” a corda. Essa característica se difere do piano, onde o mecanismo martela a corda.

É comum encontrarmos o nome cravo com certa variação entre os idiomas: 

  • Harpsichord em inglês; 
  • Clavicembalo / Cembalo em italiano; 
  • Cembalo em alemão; 
  • Clavecin em francês; 
  • Clavicordio em Espanhol. 

Convencionou-se utilizar o nome em italiano ou francês na Espanha, já que o nome clavicordio confusamente foi utilizado no país (esse é o mesmo nome do antecessor do cravo o clavicórdio). 

Cravista belorizontino Antonio Carlos de Magalhães

Por muito tempo o cravo perdeu seu lugar para seus sucessores o pianoforte e o piano. Já que esses instrumentos traziam novas possibilidades técnicas e expressivas. Mais tarde no Século XX, despertou-se grande interesse nos músicos pela busca de “novos sons” e o cravo voltou a ser explorado tanto por novos compositores quanto por entusiastas da música antiga. Destaca-se a cravista e musicóloga polaca Wanda Landowska, um dos principais nomes da história da música. Landowska é responsável pela ascensão do cravo nos tempos modernos, sendo pioneira ao gravar as “Variações de Goldberg” de Bach ao cravo e pesquisadora não só de obras, mas também das propriedades físicas do próprio instrumento.


Nesse período um novo leque de importantes obras novas, foram compostas. O Cravo retornou à orquestra em “El Retablo de Maese Pedro” de Manuel de Falla. Obviamente, Landowska foi presenteada com muitas dessas composições. Falla escreveu para ela um concerto para cravo e Francis Poulenc compôs Concert champêtre. 


Desde então o cravo é peça fundamental dentro das orquestras de música antiga e explorado por novos compositores. Inclusive eu. É isso mesmo! Eu escrevi um concerto para Cravo e Orquestra há cerca de dois anos! Será que ele vai ao palco?  

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

ADQUIRA NOSSO E-BOOK:

TODO MÚSICO MERECE CONHECIMENTO!

 

Para quem já toca:

Excelente para relembrar/revisar teoria musical.

 

Para quem está iniciando:

Um ótimo guia de teoria musical!

 

CLIQUE AQUI E ADQUIRA!

Exit mobile version